Hermenêutica da Desigualdade: uma
introdução às ciências jurídicas e também sociais. Del Rey, 2019, é a Magnum
Opus de Taurino Araújo, recepcionada em plena pandemia da Covid-19 pelas
bibliotecas do Ibero- Amerikanisches
Institut Preußischer Kulturbesitz, Bibliothek (Instituto ibero-americano de
Berlim); Stanford University Libraries;
BIS – Sorbonne e United Nations Geneva Unog
Library-Biblioteca da ONU e Biblioteca
Nacional da França dentre outros, sobre a qual foram produzidos os
seguintes trabalhos científicos, a título de fortuna crítica, pelos mais
diversos autores, durante 60 meses, de 2011 até hoje, com tanta repercussão
local e internacional para um trabalho inédito escrito em Português, em
Salvador da Bahia.
II- Linha do tempo
Uma das personalidades baianas mais comentadas
do nosso tempo, Taurino Araújo nasceu em Jequié a 25 de dezembro de 1968 e
cursou o Primário no Educandário Humberto de Campos. Formou-se em Magistério
pelo Colégio Estadual de Ubatã, 1985. Vice-presidente do Diretório Central dos
Estudantes da Federação das Escolas Superiores de Ilhéus – Itabuna – FESPI.
Formou-se em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, 1993,
Itabuna – Ilhéus. Integrou a Luta pela Estadualização da Universidade.
“Acréscimos a uma rica biografia”, portanto, consiste em Fortuna
Crítica composta por mais de 50 artigos comentam a vida e obra de Taurino
Araújo, o autor de Hermenêutica da Desigualdade sobre quem assim sintetizou o
professor Agenor Sampaio Neto, Catedrático de Teoria do Direito da Universidade
de Feira de Santana e “quarta capa” do livro: “Tema para doutorado, romance e
samba-enredo, Taurino não cabe em classificações pequenas, mas somente a partir
dos Campos Interdisciplinares” referentes a um só tempo à obra e ao autor, cuja
biografia em si mesmo, desde o longínquo 1978, já se revela extraordinária,
conforme pontua Corina Rosa, ao referir a Por
que eles não podem voltar?
III- Pluralidade de temas
Esse apelo multiidentitário de Taurino
Araújo, jurista, pensador, advogado, precoce opositor à Ditadura Militar no
Brasil é contemplador do reconhecimento das diferenças e da aproximação de
distâncias e isso talvez explique a produção de tantos e diversificados comentários
sobre Taurino Araújo e a sua obra, sobra a qual refletem os seus comentadores
vindo das mais diversas especializações do direito, de outras ciências,
gerações e matrizes de aprendizagem traduzidas na variegada fortuna crítica.
V- Temática nuclear da
Fortuna Crítica sobre Taurino Araújo
São mais de 50 artigos científicos, porém, o
eixo centralizador, a temática nuclear da Fortuna Crítica, é a recorrente
produção sentido relevante para tanta gente porque a obra de Taurino Araújo fala
sobre o indivíduo, seus triunfos, derrotas, alegrias e dores em torno do
direito/dever de estar no mundo um universo aberto no qual o lúdico, o enigmático e o poético-criador encontram
lugar de exposição, conforme demonstra a
Poética na Hermenêutica da Desigualdade de Taurino Araújo, da autoria de
Eduardo Boaventura: “segundo
antiga lição da filosofia grega, poesia
quer dizer: fabricação, produção, fazer algo sair do não ser para chegar ao
ser. Dentre as possibilidades de leitura da Hermenêutica da Desigualdade do
pensador Taurino Araújo vamos destacar aquela que ainda não foi suficientemente
explorada: a poética contida em sua criação. “Sabes que poesia é algo de
múltiplo; pois toda causa de qualquer coisa passar do não ser ao ser é poesia,
de modo que as confecções de todas as artes são poesias (…) (Platão, 1972, p. 43)”: em Taurino Araújo,
a faceta do cogitado em sendo e trazido ao mundo é, no mínimo, uma faceta
poética do real. O fundo de realidade contido no pensamento de Taurino
— teoria propositiva de esperança —
é assim resumido por Sérgio Habib:
Recebi, com
muito orgulho e júbilo, o convite para escrever um breve artigo sobre a obra do
Taurino Araújo, que tem por título
“A Hermenêutica da Desigualdade”.
Não haveria
momento mais propício para fazê-lo do que este em que vivemos os efeitos da
pandemia da COVID-19, pois foi exatamente aí que saímos da teoria para a
“praxis”, sentindo na pele que o grande fosso histórico criado entre igualdade
e desigualdade pôde ser finalmente sentido e vivenciado.
Nessa
igualdade que a pandemia nos condicionou, perderam-se as desigualdades criadas
pelo tempo e pela história, mas, sobretudo, pelo homem.
A
construção da tese esposada pelo autor não é fruto da observação solitária de
um cientista social encastelado em torre de marfim, examinando a realidade por
meio de pipetas ou de tubo de ensaio, mas da vivência compartilhada, resultado
da experiência de uma “práxis” crítica que consiga enxergar não apenas o que se
passa no palco dos acontecimentos, como, igualmente e, sobretudo, na coxia do
teatro da vida”
A leitura de Taurino Araújo, portanto,
amplia a estrita competência letrada, cuja dramatização está profundamente, ao
polifônico perfil do autor e valoriza ao mesmo tempo os saberes clássicos
científicos e populares através de sua teoria geral do direito, baseada em
leitura aprofundada e ampla da experiência, cujo ponto de partida é sempre a
realidade, realidade-dogmática-zetética e dogmática.
IV- Correlações da Fortuna
Crítica com a vida e obra do pensador baiano
Sobre essas correlações da
Fortuna Crítica com a vida e obra do pensador baiano, assim se manifesta o
autor: “Em 2021 contei a minha história
no TCC da Escola de Negócios da PUC-RS, na pós Gestão de Pessoas, Carreiras,
Liderança e Coaching. A Tese a que se refere foi publicada pelo terceiro maior
selo jurídico do Brasil e obteve projeção internacional com recepção nas
Bibliotecas da ONU, Sorbonne, Instituto Ibero-Americano de Berlim, Stanford,
Biblioteca Nacional da França sendo objeto de invejável fortuna crítica desde a
sua publicação com mais de 50 artigos publicados sobre. Vide Ensaios Poética na
Hermenêutica da Desigualdade de Taurino Araújo e Modernismo em Taurino Araújo
um estado de Letra, Ciência e Arte, de Antonio Menezes. A crítica considera a
Hermenêutica da Desigualdade uma teoria do direito e das ciências sociais que
inclui a desigualdade como conceito jurídico fundamental; uma Epistemologia
genuinamente brasileira consagradora do canônico brasileiro e do anticanônico
da ruptura, conforme pretendeu a Semana de Arte Moderna, a quarta onda da
interpretação e uma historiografia-auge de um direito comparado acessível a
todos. Com tais informações passo a palavra ao texto de meus comentadores, ao
passo em que faço uma descrição resumida de minhas atividades de pesquisa no
curso estrangeiro e a repercussão dela além dos muros da Academia”.
Taurino Araújo é Doutor em Ciências
Jurídicas e Sociais pela Universidad del Museo Social Argentino (Buenos Aires,
2017), atua como advogado, formado em Direito pela Universidade Estadual de
Santa Cruz (UESC, Ilhéus/ltabuna, 1993), é especialista em Planejamento do
Ensino Superior pela Universidade Salgado de Oliveira (Rio de Janeiro, 2002) e
em gestão de pessoas, carreira, liderança e coaching pela Escola de Negócios da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS, 2021).
Ele também atua como professor
universitário, com experiência em ensino e pesquisa nas áreas de Ensino
Jurídico, Religação de Saberes, Teoria Geral do Direito, Hermenêutica, Transpessoalidade,
Pensamento Sistêmico, Criminologia, História, Filosofia, Antropologia Jurídica,
Ética na Comunicação e Campos Interdisciplinares.
Profissional com extensa experiência em
causas jurídicas de elevada complexidade, Taurino Araújo participou de julgamentos
no Tribunal do Júri e em Tribunais Superiores (STF, STJ, TST, STM e TSE)
através das especialidades em Direito Bancário, Direito Penal, Penal
Tributário, Civil, Administrativo, Eleitoral, Trabalhista, Imobiliário e
Relações de Consumo, aliando ao cotidiano da prática jurídica a teorização de
sua vasta e diversificada experiência acadêmica.
O trabalho do advogado foi reconhecido
pelo Estado com a outorga da Comenda de Cidadão Benemérito da Liberdade e da
Justiça Social João Mangabeira (CBJM, 2013) pela Assembleia Legislativa do
Estado da Bahia (ALBA).
Uma
Teoria Geral do Direito
Orientando de Federico Gabriel Polak,
personalidade argentina, porta-voz do Governo do presidente Raul Alfonsin e
ex-presidente de Boca Juniors, Taurino Araújo desenvolveu a tese que resultou
na obra ‘Hermenêutica da Desigualdade: Uma Introdução às Ciências Jurídicas e
também Sociais’. O livro propõe uma nova Teoria Geral do Direito ao
inserir a desigualdade entre os conceitos jurídicos fundamentais.
A obra do professor é fundamentada na
longa experiência didática do autor no ensino de disciplinas propedêuticas e
preenche importante lacuna no cenário mundial do conhecimento.
A teoria permite uma visão sobre a
Hermenêutica, Filosofia, Sociologia, Economia, História, Antropologia,
Semiótica e Direito, tendo como enfoque o problema da desigualdade.
Desde o preliminar metodológico Taurino
Araújo revela, aprofunda e articula, em poucas páginas, tanto o percurso quanto
o abrangente conteúdo da pesquisa constituindo agradável, inédita e articulada
Introdução às Ciências Jurídicas e (também) Sociais.
A obra, portanto, é de evidente interesse
não só para especialistas, mas para todos os que se iniciam em estudos sobre
ciência, filosofia, comunicação e realidade, e também para pesquisadores e
professores em temas afins.
Concebida como saber anistórico e de cunho
global, está hermenêutica da desigualdade destina-se à inclusão de cada sujeito
em face da consideração total de sua diferença para o usufruto pleno do direito
e da cidadania. Além de instrumento de trabalho universitário, essa discussão
interessa ao Governo, Negócios, Educação, Política, Saúde e Terceiro Setor.
Excelente e bem resumido panorama sobre seis mil anos de história, ação,
articulação e pensamento universais, avalia Agenor Sampaio Neto, Catedrático de
Teoria do Direito e Hermenêutica da Universidade Estadual de Feira de Santana
(UEFS).
Do ponto de vista da criatividade, Taurino
Araújo é o que se pode ser qualificado como Big C, ou seja, um sujeito
reverenciado pela contribuição criativa de alto impacto em 19 áreas do
conhecimento e a obra desenvolvida é avaliada como uma epistemologia
genuinamente brasileira.
O
que propõe a Hermenêutica da Desigualdade?
A Hermenêutica da Desigualdade é uma
teoria mundial do Direito e das Ciências Sociais, criada por Taurino Araújo,
que considera a desigualdade conceito fundamental para a solução de problemas
com utilização ampliada aos negócios, saúde, governo, educação, terapias,
pedagogia e terceiro setor a partir dos variados âmbitos da Hermenêutica em
geral, da Filosofia, Sociologia, Economia, História, Cibernética, Antropologia,
Semiótica e do Direito.
Ela é um saber elaborado para que a
análise das sentenças judiciais e dos processos sociais, individuais e
criativos parta do mapeamento o mais abrangente possível da realidade; depois,
formule respostas provisórias com base na “lei” e no conhecimento; a seguir,
formule perguntas apropriadas em face das respostas provisórias e, por último,
estabeleça respostas definitivas dentro da aplicação de uma “lei” específica,
tendo em vista realidade-dogmática-zetética-dogmática.
As múltiplas atividades de Taurino Araújo vêm sendo
reconhecidas por várias instituições que o homenagearam: condecorado pela Assembleia Legislativa com a maior
honraria concedida pelo Estado da Bahia, a Comenda de Cidadão Benemérito da
Liberdade e da Justiça Social João Mangabeira (CBJM, 2013), num panteão que inclui
figuras do porte de Jorge Amado e de Waldir Pires, Taurino Araújo foi
condecorado com os Títulos de O Secretário do Ano – Ubatã. Medalha Thomé de
Souza – Câmara Municipal de Salvador – CMS, 2011. Cidadão Honorário de Salvador
– CMS, 2009. Cidadão Honorário de Gongogi – CMG, 2009. Título de Cidadão
Feirense, Câmara Municipal de Feira de Santana, 2016. Destaque 2018- Amigo do Hapkido
Confederação Brasileira de Hapkido Balneário Camboriú, Santa Catarina, 29 de
maio de 2018. Sessão Especial da Câmara de
Vereadores de Itabuna comemorativa do Cinquentenário de Taurino Araújo, com
debate sobre a sua Hermenêutica da Desigualdade e reflexos na Universidade e
Ensino Públicos e Gratuitos. Moção de Congratulações da Câmara de Vereadores de
Itabuna pelo transcurso do Cinquentenário de Taurino Araújo e sucesso de sua
Hermenêutica da Desigualdade: Uma Introdução às Ciências Jurídicas e também
Sociais (Del Rey: 2019). Investidura na patente de Grande Inspetor Geral da Ordem,
Grau 33, pelo Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da
Maçonaria para a República Federativa do Brasil, 2022. Membro Honorário do
Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a
República Federativa do Brasil.
V- Obra Imortal de Taurino Araújo
Taurino Araújo participou da Antologia Poética de Cidades
Brasileiras, com o soneto “Axioma”, 1986. Quádrupla de Taurino para
melhor emprego do dinheiro público, 1989: precursor da responsabilidade fiscal
no Brasil, 1989. Discurso de Desagravo, tese de ingresso aprovada pelo
Instituto dos Advogados da Bahia, 2009. Ensino Jurídico no Brasil: divórcio
entre a teoria jurídica e a prática advocatícia (com Soraya Sousa Pinheiro de
Araújo e Dilma Santana de Jesus) 2002; Hermenêutica da Desigualdade: Uma
Introdução às Ciências Jurídicas e também Sociais, 2019. Em 2020, a
Hermenêutica da Desigualdade foi recepcionada pelas bibliotecas do
Ibero-Amerikanisches Institut Preußischer Kulturbesitz, Bibliothek (Instituto
ibero-americano de Berlim); Stanford University Libraries; BIS-Sorbonne,
Biblioteca Nacional da França e United Nations Geneva Unog Library. “Se
você quer subir, não aperte descer: a intuição motivacional do verdadeiro
Maslow no case Taurino Araújo” (2021).
Taurino
Araújo foi Professor de Língua Portuguesa no Colégio Octávio Emygdio
Ribeiro e Secretário de Administração do Município de Ubatã, 1989. Presidente
do Grupo de Arte Canoatan e do Centro Cívico Duque de Caxias. Integrou a
Campanha em prol da Anistia, dos Grêmios Livres e das Diretas Já. Em Salvador,
exerce a advocacia, inclusive, na área de Direitos Humanos, defensor dativo
nomeado pela Justiça Federal e Estadual da Bahia e dos Tribunais Superiores em
Brasília, 1996-. Estudioso nas áreas de Hermenêutica, Teoria do Direito,
Transpessoalidade, Pensamento Sistêmico, Campos Interdisciplinares,
Criminologia, História, Filosofia e Antropologia Jurídica. Professor de
História do Direito e de Antropologia Jurídica dos Cursos de Direito e Relações
Internacionais da Faculdade Integrada da Bahia – FIB, 2002-2003 e Fundação 02
de Julho, 2004-2008. Sócio efetivo do Instituto dos Advogados da Bahia.
Incentivador das artes marciais no Brasil, cognominado O Samurai da Voz. Maçom
regular da Grande Loja do Estado da Bahia (GLEB). Venerável Mestre da Loja de
Estudos e Pesquisas Maçônicas Francisco Borges de Barros nº 137, por dois
mandatos consecutivos, 10/11/2013 a 23/07/2017. Polímata.
VI- Comentadores sobre a vida e obra de Taurino Araújo
(em ordem alfabética de autor) a Fortuna Crítica em si
considerada
1- Ana Lúcia Almeida
A quádrupla de Taurino. Publicado originalmente no Jornal A Tarde,
Salvador, p. A2, 6 nov. 2017.
2 – Antonia Maria Almeida Alves
Taurino Araújo: respostas em
primeira pessoa.
Posfácio, Hermenêutica da Desigualdade, p.
200.
3 – Luciano Almeida Alves
Ao jurista Taurino Araújo “agô mojubá”.
Publicado originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 13 fev. 2018,
Terça-feira de Carnaval.
4 – Antony Arroyo
Metainformática em Taurino Araújo. Publicado originalmente no
Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 28 jun. 2018.
5 – Conça Barreto
Imortal e culto, “Taurino já nasceu grande”. Publicado originalmente no Jornal A
Tarde, Salvador, p. A2, 22 out. 2018.
BOA MORTE, Eliane. Taurino
Araújo na dose certa. Posfácio, Hermenêutica
da Desigualdade, op. cit., p. 201.
6 – Eduardo Boaventura
Poética na Hermenêutica da Desigualdade de
Taurino Araújo. Ensaio
(no prelo).
_____.Uma
historiografia filosófica em Taurino Araújo. Publicado
originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 17 set. 2020.
_____.Taurino Araújo e a Semana de Arte Moderna. Publicado originalmente no Jornal A Tarde,
Salvador, p. A2, 1 mar. 2022.
7 – Guilherme Carvalho
Taurino Araújo teorética e modus audiens. Disponível em:
http://www5.tjba.jus.br/portal/taurino-araujo-teoretica-e-modus-audiens/.
Acesso em: 29 dez 2020.
8 –
Mário Nelson da Costa Carvalho
Taurino
Araújo, pensador do agora.
Publicado originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, A2, 1 set. 2020.
9 – Pedro Lino de Carvalho Júnior. Taurino
Araújo: uma epistemologia brasileira. Publicado originalmente no Jornal Tribuna da Bahia, Salvador, 5
fev. 2020.
10 – Nelson Cerqueira
Por uma nova fronteira da desigualdade.
Prefácio, Hermenêutica da Desigualdade: uma
introdução às Ciências Jurídicas e também Sociais. Belo Horizonte: Del Rey,
2019.
12
– Rosângela Cidreira
Currículo em Taurino Araújo: ênfases e supressões. Disponível em: https://www.bahianoticias.com.br/artigo/1154-curriculo-em-taurino-araujo-enfases-e-supressoes.html.
Acesso em: 29 dez 2020.
12 – Jon Nei Mota Costa
Taurino Araújo, cidadão
feirense. Publicado
originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 3 jan. 2018
13 – Ana Maria
Santos Dias
Taurino Araújo: método em movimento. Publicado originalmente no Jornal A
Tarde, Salvador, p. A2, 17 set. 2018.
14
– Maria de Fátima Araújo Di Gregorio
Taurino Araújo e a quarta onda da
interpretação.
Disponível em: https://noticialivre.com.br/artigos-cientificos-comentam-a-hermeneutica-da-desigualdade-de-taurino-araujo/.
Acesso em: 12 jan 2021.
15 – Ruiter
Franco
Taurino Araújo e a gestão das diferenças. Publicado originalmente no Jornal A
Tarde, Salvador, p. A2, 16 nov. 2020.
16 – Everaldo Góes
Taurino Araújo uma historiografia na terra de todos nós. Disponível em:
http://www.saopaulonasentrelinhas.com.br/2020/09/taurino-araujo-uma-historiografia-na.html.
Acesso em: 29 dez 2020.
17 – Carlos Andrade Giron
Taurino Araújo: aproximações
politécnicas. Publicado
originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, p.
A2, 16 mai. 2018.
18 – Sérgio Habib
Por uma igualdade menos desigual I. Publicado originalmente no
Jornal A TARDE, Salvador, A3, 21 dez. 2020.
_____.Por uma igualdade menos desigual II. Publicado originalmente no Jornal
A TARDE, Salvador, A3, 4 jan. 2021.
19 – Kátia Rocha Cunha Lima
Taurino Araújo e os conceitos
jurídicos fundamentais. Disponível em:
https://bahiamunicipios.com.br/taurino-araujo-e-os-conceitos-juridicos-fundamentais/.
Acesso em: 6 dez 2021.
20 – Jussara Marta
Taurino Araújo do Brasil. Publicado originalmente no Jornal A
Tarde, Salvador, p. A2, 03 dez. 2018.
21 – Camilo de Lélis Leite Matos
Taurino Araújo e a promessa
do Capacete Branco.
Disponível em: https://osollo.com.br/taurino-araujo-e-a-promessa-do-capacete-branco/.
Acesso em: 29 dez 2020.
_______. Humanismos
diferentes em Taurino Araújo e Lévi-Strauss. Disponível https://www.jurispi.com.br/noticia/3496/humanismos-diferentes-em-taurino-araujo-e-levi-strauss.
Acesso em: 2 jun 2022.
22 – Joel Souza Menezes
A historicidade em Taurino
Araújo. Publicado originalmente no Jornal A Tarde,
Salvador, p. 2, 22 mar. 2018.
23 – Antônio Menezes Filho
Modernismo em Taurino Araújo: um
estado de letra, ciência e arte. Disponível em
https://www.trbn.com.br/materia/I60339/modernismo-em-taurino-araujo-um-estado-de-letra-ciencia-e-arte.-1.
Acesso em: 2 junho 2022.
24 – Milena Reis Miranda
Movimento(s) em Taurino Araújo. Publicado originalmente no Jornal A
Tarde, Salvador, p. A2, 28 jan. 2019.
25 – Eric Leonardo Farias Ribeiro Moraes
Taurino Araújo: “por um caminho juncado de flores”.
Publicado originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 30 mai. 2018.
26 – Manuela Motta
Publicado originalmente no Jornal A Tarde, Salvador Diálogos em Taurino Araújo: uma polianteia,
p. A2, 6 ago. 2018.
27 – Isaías Netto
Em Taurino Araújo, “a força vem do
interior”. Publicado originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 28
jan. 2019.
28 – Efigênia Oliveira
Taurino Araújo poeta do
direito e da vida.
Disponível em:
https://diariobahia.com.br/taurino-araujo-poeta-do-direito-e-da-vida/.
Acesso em: 29 dez 2020.
29 – Jorge Henrique Valença Oliveira
Lifementoring em Taurino Araújo.
Disponível em: < https://osollo.com.br/life-mentoring-em-taurino-araujo/
>. Acesso em: 12 dez2021.
30 – Maria Solange Alves de Souza Paula
Taurino Araújo, meu
compatriota. Publicado
originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 1 dez. 2017.
31
– Carlos Ratis
A
cidadania participativa através da hermenêutica da desigualdade. Publicado
originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, p. A3, 9 out. 2018
32 – Suzete Ribeiro
Taurino Araújo: É
tarde, mas não é tarde! Publicado originalmente no Jornal A Tarde,
Salvador, p. A2, 22 abril. 2019.
33- Rommel Robatto
Taurino Araújo:
baiano de vanguarda, teoria universal. Disponível em https://noticialivre.com.br/taurino-araujo-baiano-de-vanguarda-teoria-universal/.
Acesso em: 23 março 2022.
34 – Corina Rosa
Teorética e modus ponens em Taurino Araújo. Publicado originalmente
no Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 22
mai. 2018.
33 – Agenor Sampaio Neto
Taurino Araújo o polímata brasileiro. Publicado originalmente no
Jornal Tribuna da Bahia, Salvador, p. 6,
21 mai. 2015
_____. Taurino Araújo de
Mnemosyne. Publicado originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 6
out. 2017
_____. Taurino
Araújo: 50 anos de história! Publicado originalmente no Jornal A
Tarde, Salvador, p. A2, 10 dez. 2018.
34 – Edson Reis Santana
Taurino Araújo “Otanjoubi omedetou gozaimasu”. Publicado
originalmente em Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 15 dez. 2017.
_____. Taurino Araújo
(*1968) “o ano que não acabou”… Publicado originalmente em Jornal A
Tarde, Salvador, p. A2, 9 abr. 2018.
35- José Raymundo Simões Júnior
Taurino Araújo, planejador
educacional. Publicado
originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 28 fev. 2018.
36- Yuri Ubaldino Rocha Soares
Taurino Araújo e a reinserção dos excluídos. Publicado
originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, p.
A2, 22 jan. 2018.
37- Sueli
Maria de Souza e outros 13 autores, a saber: Josué de Souza Brandão Júnior;
Adriana dos Santos Souza Tumissa; Marcos Andrade Brandão; Gilsania Evangelista
Dos Santos Ramos; Isabella Santana Oliveira; Tecila Aparecida De Souza; Mario
Leandro Alves De Jesus; Eugênio De Abreu Jr.; Aidil Pereira Costa; Cristina
Maria dos Santos Costa; Rosângela
Cidreira; Efigênia Oliveira; Jailson Santana
Silva.
Projeto/CISO — A Hermenêutica da Desigualdade de Taurino Araújo:
inclusão e reflexos na universidade e ensino públicos e gratuitos.
Disponível em: https://www.jornaldosudoeste.com/wp-content/uploads/2019/08/PROJETO_CISO_-TAURINO_-ARA%C3%9AJO_-E-_A-ESCOLA_-P%C3%9ABLICA_-INCLUSIVA-1.pdf . Acesso em: 29 dez 2020.
38- Sueli Maria de Souza
Taurino:
pedagogia viva. Publicado originalmente
no Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 1 jul. 2019.
Calmon Teixeira
Hermenêutica da Desigualdade de Taurino Araújo. Uma Visão. Publicado originalmente no Jornal Tribuna
da Bahia, Salvador, p. 10, 15 jan. 2019.
39- Lidia de Teive e Argolo
Por um olhar à configuração
na busca de reconhecimento das singularidades. Disponível https://www.jornalgrandebahia.com.br/2022/06/por-um-olhar-a-configuracao-na-busca-de-reconhecimento-das-singularidades-por-lidia-de-teive-e-argolo/.
Acesso em: 2 jun 2022.
40- Washington Luiz da
Trindade
Metáfrase ao Comendador Taurino Araújo. Disponível em: https://web.archive.org/web/20150214180349/http://portaldoreconcavo.com.br/ultimas_noticias.php?codnoticia=819.
Acesso em: 29 dez 2020.
41- Ludwing
Matheus Von Kac Kneit
Taurino Araújo: além do século XXI. Publicado originalmente no Jornal A
Tarde, Salvador, p. A2, 13 maio. 2019.
Exemplificativos da riqueza da Fortuna
Crítica em torno de Taurino Araújo e sua Obra veja a íntegra dos artigos
abaixo:
Ao jurista Taurino Araújo, “agô mojubá”!
Através dos quatro elementos, sonho,
ousadia, planejamento e serviço para diminuir a desigualdade social difícil de
ser detectada pelos que se consideram “iguais” conforme Nelson Cerqueira.
Segundo ele, o paradigma da “igualdade” antes gravitava em torno de Sócrates,
Platão e Aristóteles e, agora, através da desdiferenciação proposta por Taurino
Araújo, CBJM, é uma nova introdução às ciências jurídicas e sociais.
Hermenêutica da desigualdade é inclusão
em face da consideração total da diferença. Taurino já integrava a “Epopeia
Crioula” e as mitologias futuras como quis o ministro Washington Trindade, em
2011. Através de Taurino “temos que ser tudo, mas antes temos que ser nós,
entendeu?”, lembra dona Solange Paula por intermédio de João Ubaldo Ribeiro.
Tema para doutorado e para samba-enredo arremata Agenor Sampaio Neto.
Seguindo a tradição persa, tomei um
porre de felicidade para assim alcançar a simplicidade de um dos maiores
pensadores do nosso tempo. Lúcido, e seguindo a tradição do CPF e do
matriarcado, constato: Taurino Araújo Neto, 25/12/1968, filho de Rita Freitas
de Oliveira (12 e 5). Reverbera em todos os cantos a sua voz vibrante e
compassada em ternário: valsa “três pra lá, três pra cá”. São duelos a
favor da justiça, muitos olhos e Orientes, decifração de dizeres, sabedorias e
Áfricas…
Beleza, riqueza, fama (Oxum, 5) e
discernimento para acolher com naturalidade a matriz do Povo de Santo, pois
diferenças sempre houve, mas devem ser uma a uma contempladas. Taurino não
pratica o nosso culto, mas a força e a empatia de seu axé já se encontram
inscritas ao lado Jorge Amado (CBJM, obá de Xangô, 12) no panteão dos
Beneméritos da Liberdade e da Justiça Social. Salvador da Bahia de Todos os
Santos, 1º de novembro de 2016 (=12). A sua Tese fala sobre corrigir caminhos e
sempre praticar a justiça com amorosidade, enxergando excluídos e
atribuindo-lhes lugar. Marquês de Sapucaí?! Quem viver verá! Letra e música de
Walter Queiroz: Agô Taurino Araújo, Xangô Vivo no colo de Oxum! Mojubá! Publicado originalmente em A TARDE,
13 de fevereiro de 2019 Por Oluwo Luciano Almeida Alves Músico, empresário do entretenimento,
sacerdote de Ifá. luciustecno@hotmail.com
Modernismo em Taurino Araújo: um estado
de letra, ciência e arte.
Consagração do
canônico brasileiro e do anticanônico da ruptura; Gorki, Leão XIII, Tolstoi,
Voltaire, Llosa, Torga, Antonio Torres, Victor Hugo, Orlando Gomes, Zola,
Allende com Eva Luna e a luta contra a desigualdade, paixão
e sentimentos no avançar do tempo e na persistência da social injustiça,
histórias que se repetem e encontram visão similar em García Márquez em Cem
Anos de Solidão, Capinam e Castro Alves: “atualização de presente,
passado e futuro” proposta por Eduardo Boaventura em Taurino Araújo e a
Semana de Arte Moderna.
No ensaio por mim
submetido à Academia de Letras da Bahia, Yuri Ubaldino Rocha Soares afirma com
fulcro em Denise Mallmann Vallerius e nos irmãos Goncourt: “após a
contribuição da Estética da Recepção e do Pós-Estruturalismo, o literário passa
a ser aquilo que o leitor [assim o] considera” ou “[em Taurino
Araújo] o romance é a história que poderia ter acontecido” e a sua
“História é um romance que [efetivamente] aconteceu”.
Dissertação sobre a saga bem-sucedida
que finalmente nos permite ser enxergados pelos “pelos critérios da
diferença e da autenticidade” (Oswald de Andrade), através do envolvimento
de seus leitores com o destino de todos nós, os personagens por ele retratados,
“os receptores também protagonistas” dessa leitura que insere a
desigualdade entre os conceitos jurídicos fundamentais, com evidente influência
socioliterária mundial na Teoria Geral do Direito e em outras 19 áreas do
conhecimento, considerada uma Epistemologia genuinamente Brasileira por Pedro
Lino de Carvalho Jr., o auge historiográfico de um inédito direito comparado
para Ana Maria Dias ou a quarta onda interpretativa, no dizer de Fátima Di
Gregorio.
Na prática, Taurino Araújo
retoma para si função das ciências sociais e da filosofia antes entregue à
literatura (Antônio Cândido) qual fosse a de suprir lacuna histórico-cultural e
identitária. Trata-se de gênero literário provocador de “envolvimento
apaixonado dos leitores com o destino dos personagens [de carne e osso,
através] de processos emocionais e psicológicos” que em geral apontam para
autoevidência dos Direitos Humanos, segundo Lynn Hunt e, no particular da
Hermenêutica Desigualdade, à autoevidência do direito à diferença, lembra Mario
Nelson Carvalho, concretizadas “as possibilidades individuais e coletivas
de superação”.
Desde Aristóteles,
há mais saber e conhecimento nos universais da arte do que nos particulares da
técnica (enquanto a mera experiência se refere apenas ao quê, arte é
conhecimento da causa) decorrente de uma genial sacada, diria Manuela Motta:
“em Taurino Araújo, a intuição ou ‘pressentimento’ do todo (Jean Grondin)
espetacularmente ocorre sem prejuízo da concepção do particular que, aqui,
coincidirá com o próprio desigual”. Por Antônio Menezes Filho Presidente do
Instituto dos Advogados da Bahia- IAB, Ouvidor-Geral da Ordem dos Advogados do
Brasil – OAB-BA, vice-presidente para a Região Nordeste da ABRAT – Associação
Brasileira de Advogados Trabalhistas, Diretor Suplente do Instituto Geográfico
e Histórico da Bahia- IGHB. E-mail: amenezesfilho@gmail.com
Taurino Araújo: baiano de vanguarda, teoria universal.
Para Taurino Araújo,
a desigualdade não é propriamente o empecilho na busca direta pela justiça, mas
sim a falta de respeito incondicional à diferença: “eu quero, pelo menos,
que eles existam em plenitude”, além da plúmbea equidade da Régua de
Lesbos. A desigualdade, portanto, não deve ser idealmente transformada em
igualdade para ser valorada. Ela, naturalmente, deve ser respeitada como
“desigualdade” que se apresenta, capaz de produzir seus reais efeitos
jurídicos, imediatamente, sem discriminações, preconceitos ou retaliações,
enfatizando-se “a figura do receptor também protagonista”, realizando a justiça
no caso concreto.
Sabe-se que a
tarefa de Hermes, patrono da ciência da interpretação é, entre outras coisas, a
administração do comércio e a linguagem entre os dois mundos: interpretar a
vontade dos deuses para conhecimento e cumprimento por parte de todos.
A partir do célebre ensaio
A Bahia Intelectual (1900-1930), os critérios classificatórios da tipologia de
Machado Neto com os quais demonstro o retumbante êxito socioliterário do
pensador Taurino Araújo como homem de letras, de ciência e baiano de vanguarda:
a) ecológico; b) comportamento social; c) comportamento político; d)
sensibilidade social; e) capacidade de agregação social; f) êxito
socioliterário e, g) grau de especialização intelectual, e assim demarco a
relevância do comentado autor de historiografia inspirada nas
tradições de Luís Henrique Dias Tavares e Cid Teixeira, a quem sucede, no auge
do inédito Direito Comparado, que a sua Hermenêutica da Desigualdade
representa.
Taurino proclama, com Pierre Proudhon:
“queres conhecer o homem? Estuda a sociedade. Queres conhecer a sociedade?
Estuda o homem”, e a síntese de Pierre Jaccard quando ensinou Psicologia e
Sociologia em 1955: “não há nada no homem que seja individual ou social.
Estes dois termos, como os de corpo e alma, não designam senão aspectos
exteriores e passageiros da mesma realidade, que é a do homem que vive, pensa e
sofre no meio de nós”. É, assim, o autor de teoria universal, que insere a
desigualdade entre os conceitos jurídicos fundamentais, com implicação em 19
áreas do conhecimento.
“Se você quer subir, não aperte
descer: a intuição motivacional do verdadeiro Maslow no case Taurino
Araújo” (2021) é “minha contribuição ao campo de gestão de pessoas”.
O êxito de seu case, já registrado entre os “related names” do
ISNI da PUC-RS, demonstra o irrefutável grau e abrangência de sua atuação
intelectual: “Segundo o meu professor Max Gehringer, quem não cursa
Administração de primeira o faz na especialização”. Taurino, por certo,
segue missão semelhante à realizada pelo jurista João Eurico Matta, saudoso
Emérito da Escola de Administração da UFBA. Reflitamos, pois! Por
Rommel Robatto, mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco –
UFPE, Doutorando em Direito UAL-LISBOA, membro efetivo do Instituto Geográfico
e Histórico da Bahia, servidor público federal e professor universitário. rmmrtt@yahoo.com.br
Herdeiro das tradições de
Nabuco de Araújo, Eduardo Espínola, Orlando Gomes e Cid Teixeira, Taurino
Araújo inova eficazmente ao incluir “o único idêntico global por
excelência”, a desigualdade, entre os conceitos jurídicos fundamentais.
Taurino Araújo e os conceitos jurídicos
fundamentais
Ao empregar a estratégia
realidade-dogmática-zetética-dogmática para a análise dos diversos processos,
situações e grupos sociais, Hermenêutica da Desigualdade: uma introdução às
Ciências Jurídicas e também Sociais (Del Rey, 2019), de Taurino Araújo, é o
reconhecimento do direito fundamental de todo ser humano de não ser
[necessariamente] igual e, assim, ter a sua existência garantida através de
medidas combativas contra a discriminação em suas diversas formas.
Embora abranja pelo menos 19 áreas
do conhecimento, a exemplo de Filosofia, História, Psicologia, Sociografia,
Antropologia, Cibernética, Administração e Pedagogia é no campo das Ciências
Jurídicas do Direito Antidiscriminatório que se detecta a acentuada aplicação
da teoria mundial de Taurino Araújo para a efetividade do direito a não
discriminação, através de ações combativas contra práticas discriminatórias, em
especial as ações afirmativas.
Herdeiro das tradições de Nabuco de Araújo, Eduardo
Espínola, Orlando Gomes e João Eurico Matta, ou seja, o Direito Civil, Taurino
Araújo inova eficazmente ao incluir “o único idêntico global por
excelência”, a desigualdade, entre os conceitos jurídicos fundamentais,
direito fundamental decorrente da dignidade da pessoa humana.
A história desse processo registra
avanços na concretização de ações afirmativas. Conforme Roger Raupp Rios:
“aumentam a quantidade e a qualidade das respostas diante de
discriminação. [D]esde a redemocratização e, em especial, nas primeiras duas
décadas e meia após a promulgação da Constituição de 1988, houve marcos
importantes na proteção antidiscriminatória, seja na legislação, seja na sua
aplicação pelos tribunais”. Há “atenção crescente a casos de
discriminação contra a mulher, racismo e homofobia”.
Até alguns anos atrás, observa
José Reinaldo Lima Lopes, “alguns desses conflitos seriam desqualificados:
faltaria o interesse para agir, haveria carência de ação, [mas, hoje, geram a
possibilidade] de indenização por danos morais, ou de medidas de execução
específica (como, v. g., a reintegração no posto de trabalho público ou
privado)”.
Destarte, o domínio e a prática da
Hermenêutica da Desigualdade consistem em compreender, antes de tudo, que o
respeito à desigualdade é manifestação da defesa ao direito à igualdade. Não me
refiro à igualdade formal, estabelecida pelo positivismo jurídico, mas sim à
igualdade material apoiada pela adoção de políticas públicas, mormente decisões
judiciais de efeito vinculante, proferidas pelos Tribunais Superiores,
notadamente o STF, amparadas na constatação das desigualdades, com o objetivo
de reduzir as diferenças entre os indivíduos e favorecer a inclusão social de
grupos de pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade. Por
Kátia Rocha Cunha Lima, advogada, especialista em direito do trabalho, processo
do trabalho e processo civil krclima.adv@gmail.com